Muito provavelmente você, ou alguém de seu circulo, já passou por situações em que desenvolveu um trabalho exemplar, ou então conduz sua empresa de acordo com as melhores práticas e ética e, no entanto, quando olha para o mercado, sente que seu concorrente – mesmo que com menos qualidades – está se saindo melhor. Conjunturas e exceções a parte, a culpa pode ser sua: hoje em dia, a imagem de um empresário é quase sempre relacionada ao nome de sua empresa. Por isso, assim como as companhias realizam ações de marketing para potencializar as vendas de determinado produto, o marketing pessoal é imprescindível para abrir novas portas e também novas oportunidades.
José Roberto Perrysom, palestrante, publicitário, consultor e-comerce e professor de estratégias de comunicação e marketing, explica que marketing pessoal é um conjunto de ações e atitudes que o profissional adota para ser reconhecido e visto no mercado. “Porem, ao contrario do marketing de produto, o marketing pessoal exige a construção de uma marca de confiabilidade e o desenvolvimento de referências”, diz o especialista, autor de várias obras literárias sobre o assunto como os livros “Marketing Total”, “Receitas & Negócios”, entre outros.
Isto porque, quando o produto é tangível, não há qualquer problema em seu fabricante fazer auto-elogios. Mas quando o assunto é marketing pessoal, não é o profissional quem deve falar bem de si, mas o mercado. Perrysom explica que para isso é preciso que o empresário construa uma rede de relacionamentos que possa reconhecer suas habilidades e propagá-las.
Moderação
Mas atenção: embora uma boa capacidade de exposição ou extroversão ajude, é preciso não confundir marketing pessoal com auto-promoção. Como em qualquer estratégia de marketing, o profissional deve investigar o mercado onde atua, analisar as necessidades desse mercado e entende-las de forma a gerar satisfação e lucratividade.
“A comunicação, evidentemente, deve ser muito bem trabalhada, mas isso não se traduz em ser um orador profissional. Pessoas tímidas, por exemplo, podem muito bem em ganhar o seu espaço trabalhando justamente essa característica e fazer dela um ponto a mais na imagem de credibilidade que pretendem criar”, explica Perrysom.
Erros e Acertos
De acordo com o especialista, para ter um bom marketing pessoal é preciso gerar uma ´legião de devedores´, ou seja, distribuir gentilezas de modo a ter muitos beneficiados por essas atitudes e que se prontificarão a divulgar o nome da empresa. “A cada trabalho bem feito a marca do profissional também ira crescer, por isso é importante ele saber que cada contato, seja ele profissional ou não, é uma oportunidade de fixar uma imagem positiva na mente das pessoas”, diz o consultor.
Criatividade, reciclagem, observação e análise do mercado também são fatores importantes no marketing pessoal. Por isso, por mais que seu nome já seja reconhecido, é preciso estudar e acompanhar as tendências e mudanças para não ficar para trás, sobretudo em um mercado volátil como o atual.
Alguém com atitudes questionáveis ou que trate mal as pessoas certamente pode até ficar conhecido, mas dificilmente será indicado. Perrysom ressalta também que a auto-promoção deve ser evitada sempre que possível. “Não é o que falamos de nós mesmos que conta, mas o que as pessoas pensam de nós”, lembra o especialista. Para isso, é preciso estar presente onde às pessoas estão, física ou virtualmente, ajudar o maior número possível de pessoas e sempre ter em mente que elas gostam de ser bem atendidas e lembradas.
“Coisas como spam, auto-exaltação e critica aos concorrentes, nem pensar”, adverte o consultor.
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